Previsão é de que obras iniciem no segundo semestre do ano e durem, aproximadamente, 18 meses
O secretário de Transportes e Logística do Rio Grande do Sul, Juvir Costella, garantiu, na tarde desta quinta-feira, 22, que o governo do Rio Grande do Sul vai construir a ponte entre os municípios de Bento Gonçalves e São Valentim do Sul, em Linha Alcântara. A afirmação ocorreu durante audiência pública entre lideranças políticas e empresariais, reunidas em Porto Alegre. Apesar do compromisso assumido, a previsão de conclusão para construção é de 18 meses. No entanto, ainda não há prazo para início das obras, uma vez que os trâmites burocráticos ainda seguem em análise.
Nos bastidores, estima-se que ainda levem cerca de quatro meses para o projeto de engenharia ser aprovado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. “Nós temos uma expectativa de em 18 meses começar e terminar a obra”, estima Costella. “A nossa meta é de que até o final do ano que vem, a obra seja entregue. Ela não vai atrasar por falta de recurso”, afirma.
Pressionado pela demora em uma solução definitiva, o secretário garantiu que assim que a parte burocrática for finalizada, a obra, de cerca de 320 metros, orçada em cerca de R$ 35,9 milhões, deve sair do papel. Em seu pronunciamento, Costella garantiu que o governo estadual vai construir a ponte. “Na semana que vem, o governador Eduardo Leite está indo à Brasília para ver os recursos para a reconstrução das pontes derrubadas no Estado”, disse.
O diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino, explicou que os custos para a construção da nova estrutura foram baseados nos métodos definidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e pela Fundação Getúlio Vargas, para contratação da empresa executora da obra em regime integrado. “O Daer fez uma primeira versão de projeto mais ousado, com período de execução (das obras) menor, e apresentou ao Ministério. Tivemos que alterar o formato da ponte e o método utilizado. Com isso, tivemos que esticar um pouco mais o cronograma para finalização das obras”, relata.
O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira (PSDB), disse estar otimista com as informações repassadas pela equipe estadual. “Eu sou otimista. As prefeituras fizeram a sua parte. Agora, a gente espera dos governos estadual e federal é a maior agilidade possível, afinal, já são quase seis meses da tragédia. Precisamos, agora, da resposta para que aconteça realmente a execução dessa obra tão importante para a região”, diz.
Agora, o Estado tem até o dia 28 de fevereiro para encaminhar novas adequações ao orçamento e no chamado anteprojeto. Posteriormente, o Governo Federal vai definir o teto máximo de custo da obra. “A ponte pode custar até R$ 35,9 milhões ou menos”, disse Costella. O secretário foi enfático ao afirmar que, independente do valor repassado pelo governo Lula, o Estado vai aportar a diferença. “Se o Ministério não liberar nada, o Governo vai fazer a ponte de Santa Bárbara”, afirma.
O prefeito de Dois Lajeados, Tiago Grando (MDB), questionou os prazos para liberação de recursos. “Vocês vão dar um prazo para o Governo Federal aprovar o projeto para liberação de recursos?”, disse. Costella respondeu, afirmando que somente após a definição federal é que o governo do Estado poderá prever um início. “Não precisa aportar os R$ 20 milhões na conta, de uma única vez, mas que confirme se vai ajudar na reconstrução. A partir daí, a gente vai poder definir como iremos proceder os trâmites”, disse.
Se o rito de licitações seguir de acordo com o que preveem as normas, as obras de construção da ponte de Santa Bárbara podem iniciar no início do segundo semestre deste ano. “Esta é a meta. Estamos trabalhando para conseguir alcançar este prazo”, afirma Costella.
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