A recente consulta pública realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os cigarros eletrônicos no Brasil revelou que a maioria dos participantes é favorável à liberação do uso desses dispositivos no país. Entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, cerca de 13,9 mil pessoas, empresas e entidades participaram da consulta, expressando suas opiniões sobre possíveis mudanças na legislação atual, que proíbe a venda dos vapes no país.
Os resultados mostraram que quase 59% dos participantes são a favor de alterações na lei, incluindo a liberação dos cigarros eletrônicos para uso no Brasil. Por outro lado, 37 em cada 100 participantes concordam com a norma vigente, que proíbe os dispositivos. Além disso, mais de 500 participantes, apesar de terem enviado suas contribuições, não responderam às perguntas da pesquisa.
Dentre os participantes, 1.158 eram profissionais de saúde. A maioria desses profissionais, 65% do total, manifestou-se a favor da manutenção da proibição dos vapes. Por outro lado, 413 profissionais defenderam a liberação do uso e venda do cigarro eletrônico no país.
Os defensores dos cigarros eletrônicos argumentam que, ao contrário do cigarro convencional, que contém tabaco e libera monóxido de carbono, o vape funciona por vaporização e, portanto, seria menos prejudicial à saúde. No entanto, especialistas contrários à liberação afirmam que o cigarro eletrônico contém mais de duas mil substâncias, incluindo várias toxinas e cancerígenas, sendo tão prejudicial à saúde quanto o cigarro comum. A decisão final sobre o assunto caberá à ANVISA, que deverá analisar todas as contribuições recebidas durante a consulta pública.
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