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Foto do escritorRedação

Lula anuncia pagamento de duas parcelas de salário mínimo a trabalhadores afetados pelas enchentes no RS

Em nova visita ao RS, Lula garante pagamento de duas parcelas de salário mínimo a trabalhadores de empresas atingidas pelas enchentes. A informação foi confirmada pela equipe do governo federal nesta quinta-feira, 6 de junho.


Conforme o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a autorização integra uma medida provisória e pode beneficiar cidades os trabalhadores formais não somente nos municípios em calamidade e emergência, mas desde que estes municípios estejam atingidos pela mancha da inundação.


De acordo com o governo, integram o programa segmentos de trabalhadores celetistas (326.86), domésticos (40.363), estagiários (36.584) e pescadores artesanais (27.220), totalizando 434.253. Em contrapartida, as empresas se comprometem em não demiti-los por quatro meses. Em coletiva de imprensa no município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari, o presidente ressaltou a importância em não deixar a tragédia do estado cair no esquecimento. “Há uma desgraça, a televisão divulga, as pessoas choram, ficam comovidas, o tempo vai passando. Daqui a pouco todo mundo esqueceu, aquilo que foi prometido não foi feito e somente quem cai na desgraça é o povo pobre que mora em lugares mais degradantes”, disse Lula.


O presidente também ressalta a importância de reconstruir com responsabilidade e alertou contra a reconstrução em áreas vulneráveis a desastres naturais, destacando a necessidade de buscar locais mais seguros para as novas moradias e a infraestrutura. “A gente não pode reconstruir um ponto de socorro num lugar vulnerável a enchente. A gente não pode fazer escola em lugar vulnerável a enchente. Eu já disse aqui para as pessoas, a gente não pode fazer as casas aqui nesse lugar. Está provado que esse lugar é um lugar reservado para água. Então, nós agora temos que procurar um lugar muito seguro para construir a casa dessas pessoas”, alerta.


Para Lula, a burocracia é o principal obstáculo para uma resposta mais rápida a situações de emergência, como a situação de calamidade no estado. “Eu acho que não tem ninguém no mundo que reclama mais da burocracia do que eu. Eu reclamo em fóruns internacionais, eu reclamo aqui dentro, porque é tudo muito difícil, é tudo muito complicado. E tudo tem um manual que diz o que pode e o que não pode. Se acontece uma coisa nova no manual, então não pode fazer”, afirma.


Foto: Ricardo Stuckert / PR / Reprodução

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