O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na terça-feira, 8 de outubro, que a possibilidade de reintrodução do horário de verão em 2024 dependerá da situação hídrica do país. A decisão deverá ser tomada até a próxima semana, em resposta a recomendações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Durante entrevista, Silveira destacou a importância de um diálogo equilibrado e sereno sobre a necessidade do horário de verão. “Se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso”, afirma, referindo-se ao início das chuvas que geralmente ocorre no final do ano. O ministro enfatizou que, se os volumes de chuvas forem adequados para recompor o sistema elétrico, o adiantamento dos relógios pode ser dispensado.
A discussão sobre a reimplementação do horário de verão não é nova. Desde que a medida passou a ser anual em 1985, seu objetivo sempre foi promover a economia no consumo de energia, aproveitando melhor a luz natural. Contudo, a eficácia do horário de verão tem sido questionada, levando à sua suspensão em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Um estudo do ONS indica que, se adotado em 2024, o horário de verão poderia gerar uma economia de R$ 400 milhões. Para 2026, essa economia poderia aumentar para impressionantes R$ 1,8 bilhão por ano, impulsionada pelo melhor aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além da redução da demanda máxima em até 2,9%.
Silveira reafirmou que está analisando cuidadosamente as perspectivas para o próximo período chuvoso e que os dados meteorológicos serão cruciais para a decisão final. “Se formos abençoados com chuvas, podemos evitar a necessidade da decretação do horário de verão”, disse o ministro.
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