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Preços nos supermercados registram alta em setembro, mas alguns itens ficam mais baratos

Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revelou que os preços cobrados nos supermercados brasileiros apresentaram um aumento de 0,9% em setembro, na comparação com agosto deste ano. Esse incremento reflete no bolso do consumidor, que, em média, pagou cerca de R$ 739 para encher o carrinho com os principais itens da cesta básica.


Entre os produtos que mais impactaram o aumento, o café torrado e moído se destacou, com uma elevação de 4% no preço. O aumento no valor do café é atribuído, principalmente, à escassez do produto, que está sendo sentida em nível mundial. O Brasil, um dos maiores produtores de café do mundo, enfrentou sérias dificuldades climáticas, como a seca prolongada, que afetou a produção. Além disso, o Vietnã, outro grande produtor, também foi impactado por condições climáticas adversas, agravando ainda mais a situação.


Outro setor que sentiu o impacto da alta nos preços foi o de cortes traseiros de carne, cujos preços também subiram. Além disso, o sal, item essencial na alimentação dos brasileiros, teve aumento significativo. A combinação desses aumentos no mercado alimentício levou ao reajuste no custo total da cesta básica, refletindo um cenário desafiador para o bolso do consumidor.


Por outro lado, nem todos os itens apresentaram alta. Alguns alimentos sofreram redução no preço, trazendo um alívio para os consumidores. Produtos como cebola, tomate e batata ficaram mais baratos, em grande parte devido à melhora das condições climáticas e o aumento da oferta dessas mercadorias. A melhora nas plantações, especialmente nas regiões produtoras, permitiu que a produção desses vegetais crescesse, o que contribuiu para a redução dos preços.


Mudança no comportamento do mercado

O movimento misto de aumento e queda nos preços demonstra que, embora os consumidores enfrentem um cenário de inflação em algumas categorias, a oferta aumentada de certos produtos ajuda a equilibrar a balança. No caso das quedas nos preços de hortifrúti, como cebola e tomate, a melhora das condições climáticas tem sido um fator determinante para o aumento da produção e, consequentemente, a queda nos preços.

No entanto, a alta nos preços do café e da carne, em especial, reflete uma série de fatores externos e internos, como a escassez de matérias-primas e as condições climáticas adversas, que continuam a afetar a estabilidade do mercado.


Expectativas para o futuro

Com o cenário econômico ainda desafiador, os consumidores precisam estar atentos às variações nos preços, que podem continuar a oscilar de acordo com fatores climáticos, econômicos e externos. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) destaca que o comportamento do mercado deve seguir essa tendência de aumento moderado nos preços de alguns produtos e, ao mesmo tempo, quedas pontuais em outros, dependendo das condições de oferta e demanda.


A pesquisa revela também que a inflação nos preços dos alimentos continua a ser uma preocupação para muitas famílias brasileiras, que já enfrentam custos elevados em outras áreas. Com isso, a busca por alternativas de compra, como promoções e produtos da estação, pode ser uma estratégia importante para quem deseja economizar e garantir uma alimentação saudável dentro do orçamento.


Em resumo, o aumento de 0,9% nos preços de setembro é um reflexo de diversos fatores, tanto internos quanto externos, e mostra que o mercado continua volátil, exigindo atenção dos consumidores e do setor supermercadista.

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