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Operação Entreposto: ação da Polícia Federal desarticula esquema de desvio de mercadorias no RS

No Vale do Taquari, mandados foram cumpridos em Lajeado. No total, a Operação Entreposto cumpre 15 mandados de busca e apreensão, além de nove prisões preventivas, 46 sequestros de bens e bloqueios bancários de aproximadamente R$ 37 milhões


Na manhã desta quarta-feira, 6 de novembro, a Polícia Federal, em conjunto com a Corregedoria da Receita Federal do Brasil (RFB), deflagrou a Operação Entreposto, uma ação de grande porte com o objetivo de desarticular um esquema criminoso envolvendo servidores públicos da Receita Federal. A investigação revelou um esquema no qual agentes públicos desviavam mercadorias apreendidas durante atividades de fiscalização fazendária, reinserindo-as posteriormente no mercado informal. O município de Lajeado, no Vale do Taquari, está entre as cidades onde a operação teve impacto, com mandados de prisão e buscas cumpridos na região.


A operação contou com a participação de aproximadamente 90 policiais federais e 16 agentes da Corregedoria da Receita Federal. Durante a ação, foram cumpridos 9 mandados de prisão preventiva, 15 mandados de busca e apreensão, e 12 medidas cautelares, além do sequestro de 22 imóveis, 24 veículos e o bloqueio de contas bancárias dos investigados, totalizando cerca de R$ 37 milhões. As ordens judiciais foram emitidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria (RS), e a operação se estendeu aos municípios de Santa Maria, Pelotas, Lajeado, Braga, Santo Augusto e Chapecó (SC).





Desvio de mercadorias: O esquema criminoso

A investigação começou a partir de uma denúncia interna encaminhada pela Superintendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul à Corregedoria da RFB, que levou à instauração de um inquérito criminal pela Polícia Federal. De acordo com as apurações, um grupo de servidores da Receita Federal fraudava os registros de apreensão de mercadorias, de modo que uma parte das mercadorias nunca entrava no depósito oficial da Delegacia da RFB em Santa Maria, mas era desviada e comercializada no mercado ilegal.


Os produtos, que deveriam ser destinados a processos legais de apreensão e destinação, eram vendidos por um grupo de particulares, que repassavam os valores das vendas para os servidores públicos envolvidos, mediante comissão. Esses particulares tinham antecedentes criminais por contrabando, descaminho e diversas autuações pela própria Receita Federal. A ação criminosa envolvia desde o desvio de produtos até a lavagem de dinheiro oriundo das vendas ilegais.


Crime organizado e lavagem de dinheiro

A Operação Entreposto apura os crimes de peculato (apropriação de bens públicos por servidores), facilitação ao contrabando ou descaminho, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O esquema, segundo a Polícia Federal, tinha uma estrutura bem definida e operava de forma articulada, com a participação de agentes públicos e particulares, que colaboravam para reinserir as mercadorias no mercado paralelo, sem o devido controle e fiscalização da Receita Federal.


A lavagem de dinheiro também é uma das principais frentes de investigação, dado que os valores obtidos com a venda das mercadorias ilegais eram disfarçados para que os responsáveis não fossem rastreados pelas autoridades. A operação tem como objetivo desmantelar toda a rede criminosa envolvida, incluindo a apreensão de bens adquiridos com os recursos ilícitos.


Foto: Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul


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